Depois de Ver... O Gosto Amargo de 2015
- Marcello Souza
- 21 de jul. de 2015
- 2 min de leitura
Não se engane, o país não está bem e não aponta indícios imediatos de melhora.
Mas há um sensacionalismo velado nas notícias que pairam pela rede afora. Para os que acompanham diariamente as notícias de economia e política. Vai perceber uma triste verdade, as vendas despencaram em relação ao ano passado. A inflação alcançou índices históricos do últimos 12 anos. Mas ainda assim, há esperança. Longe dos 2 mil % de inflação que permearam os anos de 89 e 93. Mas também longe da média de 6% do primeiro mandato da presidente Dilma.
Mas comparar o consumo do ano de 2015 ao consumo de 2014 é o mais adequado? Com certeza é uma das formas utilizadas e tem a sua aplicabilidade. Mas comparar um ano de copa no país. Onde os televisores estavam sendo praticamente doados nas lojas, como no primeiro semestre de 2014, com a realidade de recessão que vive-se hoje, é chutar cachorro caído.
Os créditos sendo fechados, o governo aumentando as taxas de juros para frear a inflação, tomando medidas para não deixar o índice de desemprego subir e a mídia escarnando meias verdades e comparações esdrúxulas.
Só para criticar as meias verdades e as comparações esdrúxulas que o governo atual fez e faz.
Isto é se sujar de lama para mostrar que lama é ruim.
O governo falha em manipular e maquiar informações para manter sua boa imagem. Em não assumir os erros e falhas, em assumir sua culpa e sua falha. E nada justifica isto, nem o sonho utópico de sucesso pleno do plano de governo.
Mas daí, para tratar como uma falha completa, a ponto de romper com nossa legitimidade democrática, para se ater a rixa partidária?
Essa é apenas a quinta eleição direta no Brasil, após a reconstrução da república, e um deles já foi cuspido fora por improbidade.
O povo está sem saber o que fazer com essa liberdade, desacostumado com a democracia. Está querendo resolver sua inabilidade de escolha através do rodízio.
Deve-se perceber que se não gosta de um tipo de carne, não há escolha, e se a escolher, nada de desperdício. Não dá para colocar a carne mastigada no canto do pratinho, pedir um novo pedaço suculento e fingir que nada aconteceu.
Deve-se aprender que o que foi escolhido tem que ir até o fim. E usar o gosto amargo como parâmetro para escolher melhor na próxima rodada.
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