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Depois de Ver... Que Concordo com o Grinch

A simples proximidade do natal já me põe em irritado.


É o processo consumista no qual sou inserido contra a minha vontade. E não é de agora, é desde a infância. E não sou eu. É um processo generalizado.


Pra mostrar o meu apreço pelas pessoas tenho que as presentear, mesmo que seja com coisas que elas não querem. É assim mesmo? Preciso receber presentes para se sentir querido? E preciso receber presentes justo nesta data?


É o velho gordo entrando na chaminé, que vim ver uma casa com chaminé pela primeira vez aos 23 anos de idade, quando vim para o sul. Vestindo uma roupa de um frio que só vim conhecer também nesta idade, mas que não faz o menor sentido usa-la esta época do ano. E ele vem transportado em um trenó, que só acho maneiro mesmo por que via na sessão da tarde, no filme “Jamaica Abaixo de Zero”. Mas o do velho nem é tão legal assim, por que vem arrastado por renas, que nunca vi na vida, nem nos meus 23 anos.


O que você acha? Tem algo errado nesta simbologia?


Como contra argumentos me dizem: “natal é para as crianças”, essas coisas são simbólicas e não tem que fazer sentido. E eu respondo. É pra criança, Ok. Será? Eu que tenho uma única criança no meu convívio social, que nem é tão próxima assim. Mas natal pesa no meu bolso como se não houvesse amanhã. A dependência de demostrar afeto através dos presentes, é a consolidação do comportamento consumista. E n]ao critico o ato de gastar. A questão é a obrigação pelo consumo que esta época nos obriga a ter.

São quilos e quilos de presente. Toneladas e comidas gordurosas e infladas de hormônios. Milhares de toneladas de hipocrisia e falso moralismo. Corais, música de elevador e luzes sendo ligadas como o planeta não tivesse sobre a ameaça constante de um colapso energético.


Eu compreendo o Grinch.

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