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Depois de Ver... O Medo e as Mudanças.

O fato é que todos são resistentes a mudanças. Uns mais, outros muito, outros quase nada. Mas, de uma maneira ou outra, resistir ao novo tem uma grande carga genética evolutiva.


A milhares de anos, os pré homo sapiens, que aceitavam o novo com muita facilidade, tendia a morrer por diversos males. Por experimentar a fruta com sabor diferente (que causava envenenamento), por não chegar perto daquele animal diferente (que era peçonhento), por se esconder de barulhos incomuns (trovões, relâmpagos e raios), e a sequência de exemplos não para por aí. E assim, conseguiam viver por mais um dia.


Em contrapartida o medo, de certa forma, foi um dos fatores que permitiu a humanidade de evoluir. Ou melhor, os mais medrosos e com mais receio do novo sobreviviam mais uma manhã para se reproduzir. Por outro lado, se não tivesse havido a coragem para enfrentar os medos da antiguidade, o homem não teria chegado onde chegou. Teve que experimentar outras frutas, quando terminava as temporadas. Teve que buscar melhores abrigos, quando tinham entrado em desequilíbrio com o atual. Conhecer e desbravar novos lugares, e descobrir locais mais vantajosos.


É um paradoxo evolutivo! Sem o medo do novo, não seria possível a evolução e sem enfrentar o medo do novo não seria possível a evolução. Agora, que os perigos naturais para a vida humana foram reduzidos drasticamente, o que restou para a evolução humana? O que restou na forma de pensar e/ou agir a respeito do medo e do novo?


Resta desenvolver a habilidade de adaptação que trouxe a espécie humana ao momento atual. É a capacidade de se moldar e transmitir e transformar a cultura e o meio que o cerca. Pois essa habilidade de transmitir informação e cultura, possibilitou o homem a chegar a tantos lugares quanto possível, chegam a sobreviver em lugares extremamente inóspitos para a vida (como a conhecemos), como o espaço, o fundo do mar, os polos.


A terra chegou a um período de estabilidade sem precedentes. Os conflitos reduzem a cada dia, o clima sofre pouca alteração, está sendo criada uma verdadeira consciência coletiva a respeito da preservação do planeta. Nunca antes na história, se preocupou tanto com a condição do mundo de forma consciente.


Como disse Darwin, “sobrevive o mais adaptado”, em outras palavras, os mais adaptados conseguem se reproduzir com maior facilidade e tem maior probabilidade de passar a característica (seja genética ou comportamental) adiante.



É esta resiliência, esta capacidade de se modificar que torna o ser humano especial. Então por que as vezes é tão difícil alterar ou evoluir um pensamento social?

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