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Depois de Ver... A Confiança nas Instituições no Brasil.

  • Foto do escritor: Marcello Souza
    Marcello Souza
  • 26 de out. de 2018
  • 2 min de leitura

O Brasil é um país extenso em território, com grande variedade cultural, econômica e social, que vai de um extremo a outro nos indicadores. Difícil manter algum nível de coesão com algo tão plural, temos uma constituição no mínimo aceitável que embasa as mudanças sociais que viemos sofrendo ao longo dos anos.


Mas o fato é que nos poucos anos que temos de regime democrático não soubemos velar de forma que possuíamos. É notável que as lideranças no Brasil trabalham de forma sistêmica na manutenção de uma seleta casta que se perpetua no poder a anos, e tem por único objetivo a conservação de seus privilégios. Independente de espectro político, o “notável” grupo que deveria nos representar hoje nos 3 poderes, não reflete a distribuição social e demográfica do país.


O que se vê é uma população alienada e, mesmo com a universalização da educação prometida e pautada na constituição de 88, a taxa de analfabetismo funcional beira o ridículo (70% dos estudantes do ensino médio, segundo dados do IDEB 2017).


O cenário político é devastador, com instituições fragilizadas e maculadas pelos sucessivos escândalos de corrupção que assolaram o país, a economia aos frangalhos, a educação negligenciada e demonizada em muitos casos. A população, que descredita os políticos de forma generalizada e cinco minutos depois passa a confiar cegamente que a salvação virá de um deles, passam por cima de direitos próprios para defender benefícios econômicos que provavelmente não virão.


O argumento é que seja quem for eleito enfrentará resistência da maioria oposicionista no congresso. Será mesmo?


Não faltam exemplos na história de líderes populistas assumem cargos, por vias democráticas, sob promessas de “mudar tudo isso ai”, trazendo discurso linha dura contra os valores estabelecidos e construção de uma nova ordem, e quando finalmente chegam ao poder minam as forças oposicionistas e as instituições reguladoras e fiscalizadoras, e destroem a mesma democracia que os colocou no poder.


As perguntas são: Como se pode creditar esperanças da escolha de candidatos que representem toda a amplitude do Brasil, com 70% da população adulta, sem conseguir fazer interpretação de textos simples? Como se pode zelar pela manutenção de uma democracia tão jovem, e com parte da população tendo orgulho da própria ignorância? Difícil crer em uma melhora futura com instituições políticas e econômicas concentradas nas mãos de poucos, que pouco representam o povo. Como acreditar na regulação de um governo que já nasce através da truculência, tendo o Brasil órgãos democráticos tão novos e com pouca representação e apoio populacional?


Aos esperançosos, sinto muito por não compartilharmos do mesmo sentimento. Se nós não prezamos a democracia quando a possuímos, o que os leva a crer que nos moveremos quando perde-la?

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