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Depois de Ver... Caixas e Rótulos

  • Foto do escritor: Marcello Souza
    Marcello Souza
  • 19 de nov. de 2018
  • 2 min de leitura

Identificar, classificar e rotular, são ações características constantes do ser humano. Desde mais jovens, normalmente em torno dos quatro anos de idade, as crianças passam a fase de classificação e separação de objetos, através da sua interação com ele. Separam em grupos por diferentes formas de segmentação, seja por semelhanças ou distinções percebidas.

Algo tão intuitivo como o ato de separar está intrinsicamente ligado ao ato de agrupar. Reflexão que pode não estar evidente de forma clara em uma primeira análise. Realizar esse processo de segmentação/agrupamento, está presente de forma direta em nossa língua e cultura. Tudo isso, por promover, internamente, um estado de paz, ordem e organização.

É essa faculdade de segmentar e segregar objetos que promove os agrupamentos sociais, as classificações. Mas, nossas diferenças que nos tornam iguais. Ao separar um ser ou objeto automaticamente os colocamos em um outro grupo, o do “não pertencer”. Tatuagens, piercings, moda, etc... E mesmo os grupos que tendem a ser mais diferentes, são as vezes involuntariamente agrupados no grupo do não pertencer.

O problema está quando fazemos associações e atribuímos características e atributos a grupos, baseando-se apenas em empirismos e experiências com pequenas partes do todo. Essas atribuições que viemos posteriormente a chamar de preconceitos. Como já falado aqui anteriormente, apesar de ser uma ação extremamente contraintuitiva, a desconstrução de padrões e conceitos, é extremamente necessária para a construção da equidade humana, tão buscada nos últimos tempos.

O reducionismo causado pela rotulação pode ser um fator perturbador do bom desenvolvimento das crianças, que estão em processo de formação da própria identidade e para essa construção experimentam diferentes papéis em suas relações com o meio social. Os prejuízos não são apenas no desenvolvimento infantil, os adultos também podem sofrer influências na sua autoconstrução e em sua capacidade de se relacionar empaticamente.

A aceitação às diferenças e ir contra nossos extintos de rotular e colocar em caixas distintas os grupos de coisas e pessoas, deve ser primordial em nossas relações sociais. E se rotular o outro é reduzir o outro a uma palavra ou frase, menos indicado ainda é fazer isso consigo mesmo.

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