Depois de Ver... Poderes
- Marcello Souza
- 11 de mar. de 2019
- 1 min de leitura
Ah se eu pudesse, por todo o mundo em uma xícara de café e beber, beber, sorver cada gota, dia após dia, enquanto vejo a xícara transbordar e se encher incansável.
Ah se eu pudesse ver o mundo com os olhos de tinta. Cada piscada pintaria a tela branca das manhãs. E meus cílios de pinel, riscariam as calçadas e prédios e fariam sombras multicor.
As se eu pudesse fazer do meu grito melodia e do canto dos pássaros mais que o tic-tac anual de um relógio. Quem dera fossem as notas do vento mais do que Bach, e o retumbar da tempestade o surdo da orquestra.
Ah se eu pudesse levar o frio do inverno para o movimento das ondas e afastar o calor humano das florestas, dos canos das armas e fazer do pisar descalço na areia a única marca.
A se eu pudesse transformar o cheiro da terra em futuro. E fazer do perfume das flores mais que prazer, mais que lazer, mais que finais de semana.
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